Minha Vida

Do Autor


Conceição Aparecida da Silva Santos, convertida ao cristianismo desde 1989, é membro da Igreja Evangélica Assembléia de Deus Missão. Esposa de Paulo Ordonho dos Santos. Vivia no erro que o mundo oferece, foi espírita até aos 21 anos. Hoje transformada pelo poder do Evangelho do Senhor Jesus Cristo (Rm.1.16), testifica através desta literatura o maior milagre realizado por Deus: O de nos conceder a vida (1Sm 2.6).

Introdução
Quando eu tinha a idade de 25 anos. Nasceu minha primeira filha Vanessa aparecida da Silva Santos. Felicidade e herança que também veio com um diagnóstico através de exames de que não mais poderia engravidar. Mais tarde, achando-me obesa comecei a freqüentar um consultório médico, foi quando o Dr. responsável tomou conhecimento do meu problema, e com interesse em ajudar ofereceu-me um tratamento para que eu voltasse a ter filhos. Com alegria no coração aceitei a ajuda. Comecei o tratamento, o resultado foi mais rápido do que eu esperava, dois meses após, engravidei, só não sabia o que estava reservado para mim.
No terceiro mês de gestação, tive uma hemorragia muito forte, socorrida por um amigo fui ao hospital, para minha surpresa o Doutor que me atendeu foi o mesmo que outrora tinha me dito que eu não mais engravidaria. Ele também ficou surpreso, pediu exames, e através de uma ultrassonografia veio a confirmação de minha gravidez. O Doutor parabenizou-me e disse-me que estava tudo bem com o bebê. Fui para o meu lar na alegria de ser mãe novamente, esquecendo as dificuldades que tínhamos por alguns instantes.
,br> Fazíamos blocos e o que ganhávamos só supria o comer e vestir. A minha mãe morava conosco, era enferma, na realidade tinha câncer e era de idade avançada (Sl. 90.10). Ao oitavo mês de gestação as dificuldades aumentaram, eu tinha que dormir sentada devido a minha pressão alta. Chegando perto da trigésima oitava semana de gestação, fui ao hospital, e a Doutora que me examinou disse que não era possível esperar para o parto normal. Fui submetida a uma cesariana e nesse dia: seis de Abril de 1989, ás 08h30min, nasceu: Jéssica, O MILAGRE (Jr. 1.4,5).

Caro Leitor
Essa História é real e vai te fazer descobrir que Deus não mudou e que Ele continua o mesmo de ontem, hoje e eternamente (Hb. 13.8).

Alegria no lar
O dia 6 de Abril de 1989 foi um dos dias de maior felicidade em minha vida, depois de tantos sofrimentos e decepções, nasceu a minha segunda filha, a qual dê o nome de Jéssica. Estando ela em meus braços, vi o meu sonho realizado: o de ter mais um bebê em nosso lar. Quando chegamos fizemos uma grande festa, estavam conosco nossos familiares, alguns amigos e também vizinhos. Festejamos aquele momento, isso durou dias, a minha sogra pela sua bondade, nos ajudaram em algumas tarefas de suma importância, como também os parentes e amigos. Os problemas eram muitos, porém, a alegria com aquela criança era imensamente maior.

As Doenças
O ser humano tem em sua vida, pelo menos, dois acontecimentos inevitáveis, ainda que consiga se prevenir em alguns casos. Contudo, o ficar enfermo e a partida deste mundo, são para todos. Uns quando velhos, outros, ainda novos e alguns na flor da idade. O certo é que é uma realidade sem acepção. Em nossa família não foi diferente, entre alegrias e tristezas, no passar dos dias a Jéssica passou a apresentar os lábios e as pontas dos dedos azulados, com muita dificuldade se alimentava. Apresentava infecções era muito doente, estava sempre indo ao consultório médico e numa dessas idas, foi diagnosticado uma infecção no ouvido. Começamos então a cuidar para que ela se recuperasse. Fazíamos tratamentos e de quase nada resolvia, consultório? Passou em vários. Alguns médicos diziam que a causa de toda aquela doença era micose, ela tomou muitos remédios, era medicamentos em cima de medicamentos e de quase nada resolvia.
Sem desanimar, continuamos a procurar a cura pra minha filha. Certo dia, comentando o caso com uma amiga, ela por ter informações de médicos especialistas, indicou-me um consultório na cidade de São José dos Campos. Apressadamente, peguei o endereço e o levei ao meu marido. Tomamos às devidas providência para levá-la, foi trabalhoso, meu marido estava com a perna quebrada e engessada, porém, o nosso vizinho com disposição nos conduziu até o local. Ao entrar na sala, expliquei as condições ao Doutor, ele pediu-me que a colocasse na mesa. Esperançosa eu aguardava a consulta, quando, após examiná-la, perguntou-me:
- Você esta tratando da infecção que tem no ouvido dela?
- Sim, respondi.
- Ele continuou:
- A Senhora tem mais um problema para cuidar: Perplexa eu ouvia.
- Ela tem uma doença no coração, essa doença tem uma estatística de que em cada mil crianças, uma nasce com esse problema.

Ele continuou e explicou-me:
- O oxigênio que ela tem no cérebro não é suficiente e esta é a razão a qual ela apresenta esta cor azulada.
Ao comunicar-me e explicar-me a doença, encaminho-me a um cardiologista especialista de nome João Manuel. Sair do consultório, triste, abatida, oprimida, mas esperançosa de que ela iria sair daquela situação. Fomos para casa e com ela no colo, eu olhava e não acreditava no que estava acontecendo, chorando muito, compartilhei com todos que ali se encontravam. A tristeza nesta hora aumentou, as forças estavam acabando, mas, continuamos a lutar.
Fomos ao cardiologista, e o mesmo pediu que ela fizesse todos os exames necessários. Fizemos todos, e o Doutor na sua capacidade medicinal, ao analisá-los explicou:
- A Jéssica terá que fazer uma correção total de uma Tretalogia de Fallot. Que é a associação de Quatro defeitos no coração, fora diagnosticado uma comunicação intra-ventrículo direito (CIV). O estreitamento da via de saúde do ventrículo direito (pouca passagem de sangue p/ o pulmão) a artéria aorta fora do lugar e pressões iguais no ventrículo. Devido à falta de oxigênio no cérebro, ela não será igual a outras crianças normais. Pois, tem dificuldades para mamar, faltam-lhe forças, não acompanhará as outras crianças de sua idade, não estudara em escola normal, e com tudo isso é necessário que ela tenha uma válvula entre o coração e o pulmão, com essa correção o cérebro vai receber o oxigênio que falta. O caso dela é muito delicado!
E tinha ela apenas três meses. Com o coração apertado e o ânimo se esgotando, perguntei:
- Quando será a cirurgia?
Respondeu-me: no dia em que ela apresentar uma crise, mas também é necessário que ela ganhe alguns quilos.
Saímos do consultório e fomos direto ao posto de saúde do nosso bairro, pois era necessário ela começar um tratamento para engordar. Na ocasião fomos atendidos por uma doutora muito atenciosa, que também muito nos ajudou. Os dias se passaram e a Jéssica entre uma luta e outra conseguia sobreviver. Estando com ela em meu colo, pensativa, tentava achar respostas para os porquês daqueles acontecimentos. Com nove meses de idade ela tinha seis quilos, quarenta por cento a menos que uma criança normal. Não achávamos respostas e não tínhamos recursos financeiros para melhor ajudá-la.
Providência Divina>

Alguns de nós em sua maioria temos conhecimento de grandes milagres e providencias de Deus para Israel e seu povo. Uma dessas envolve uma mulher de nome Joquebede, nos diz a Bíblia que faraó mandou matar todos os recém nascidos do sexo masculino. Ela não podendo mais criar seu filho que escondeu por três meses, betumou um cesto e o colocou dentro. Em seguida depositou o cesto com a criança no rio Nilo. Saiu dali desesperada e chorando, porém, a filha de Faraó estando se banhando ouviu o choro da criança e mandou que o trouxesse. A irmã do menino que observava a cena correu até a princesa e perguntou se ela podia ir buscar uma das mães israelita para dar de mamar a criança. A filha do rei concordou e Mirian a irmã da criança, que mais tarde teve o nome de Moisés, correu até a própria mãe e deu-lhe a excelente notícia. Quando ela chegou perto da princesa, que não sabia ser ela a mãe biológica do menino, ouviu da mesma que cuidasse da criança e que seria assalariada por isso.
Mãe que é mãe cuida do filho tendo só água e farinha, quanto mais tendo salário para suprir todas as necessidades! Essa foi a providencia na vida de Joquebede, na minha também aconteceu.
Era uma bela tarde, estávamos em nosso lar e em meio ao deserto, meu marido recebeu um telegrama, ao qual continha um chamado de uma empresa automobilística na cidade de São José dos Campos. Se deslocando até o endereço indicado, ele foi integrado àquela empresa.
Esse emprego foi de suma importância para nós, pois a Jéssica passou a ter convênio, e a cirurgia que ela havia de fazer custava em torno de vinte e cinco mil dólares.
Mesmo sem ter um compromisso sério com Deus, podemos sentir as mãos do Senhor Jesus sobre as nossas vidas. (MT.5.45)
Conselho e Perda

Todos antes de se converterem ao Evangelho de Cristo, ouvem ou ouviram a Palavra de Deus outras vezes, porém não deram ouvidos. Por vezes, nem se quer percebem a importância de estarem com Jesus, mas sempre tem aquele momento em que o Evangelho penetra nos trazendo testemunhos marcantes. E cada individuo tem sua experiência para contar, e com toda certeza a maior de todas com Cristo, independente do tamanho, é aquela vivenciada por quem passou por ela. O apostolo Paulo teve a dele, Pedro também, Estevão, Lucas e você tem ou terá um dia.
Estando em casa com minha mãe, recebi da mesma um conselho que jamais esquecerei:
- Filha, você conhece o caminho, você sabe que só Jesus pode te tirar desta, só ele pode te ajudar, volte-se para ele, descanso e forças só em Jesus.
Essas palavras penetraram como flecha ao meu coração, tendo em mente que essa mensagem veio diretamente do céu para meu interior. No dia seis de abril de 1990, dormindo em seu leito, como que fez a sua missão, aquela Senhora foi recolhida aos braços do Pai Eterno. Com a perda de minha mãe, meu sofrimento aumentou, pois agora me encontrava sem mãe e não sabia o que estava reservado para minha filha.
Crise e Reconcilio

Uma semana depois estando com a Jéssica no quarto, resolvi a colocar para fazer suas necessidades quando ela começou, desmaiou, ao ver aquela cena gritei pedindo socorro, o meu marido sem perca de tempo a levou ao pronto socorro. Ao chegarmos, o enfermeiro a pegou e entrou com ela para o quarto, ficamos aguardando o laudo médico e diante daquela circunstância indaguei a secretária que estava ao meu lado:
- Perdi minha mãe, será que vou perder minha filha?
Ela olhou em meus olhos e disse: - Tenha fé.
Ali com ela fiquei, e como sempre pensativa, alguns minutos depois o Doutor chamou o meu marido e o informou que a Jéssica precisava ser transferida para um hospital na cidade de São José dos Campos. Ao chegarmos, a levaram direto para a UTI. Ficamos ali por algumas Horas e retornamos para Caçapava-sp. No dia seguinte ao rever o meu bebê fiquei muito feliz, pois apresentava melhora. Como ela ainda continuava na UTI e não podíamos ali ficar, aproveitamos o tempo para irmos à cidade de São Paulo visitar o meu Sogro, pois teve ele uma ameaça de derrame. Fizemos uma visita bem rápida. Já que o mesmo se encontrava melhor de saúde. Retornamos para o nosso lar e a minha irmã, que a visitou, nos informou que ao revela a encontrou no quarto brincando, passei aquela noite bem mais tranqüila. No dia seguinte voltei, e ao entrar no quarto levei um grande susto á avistei cheia de aparelhos, a Doutora dirigiu-se a mim e disse:
- A Jéssica convulsionou, vamos fazer alguns exames e esperar pela sua melhora.
O desespero mais uma vez tomou conta do meu coração e junto com ele o pavor e o medo. Mesmo com tanto sofrimento, naquele momento lembrei-me de alguém muito importante e especial. Com um propósito para minha vida eu disse:
- Senhor Jesus, se o Senhor recuperá-la, eu volto pra sua presença.
Falando assim parece que eu estava querendo colocar Deus na parede, mas o salmista também disse:
- Eu clamo pedindo socorro; livra-me dos meus inimigos e eu seguirei as tuas ordens.(Sl.119;145,146)
Tendo em mãos o número do telefone do Pastor Esdras (Presidente da Assembléia de Deus Missão em Caçapava -SP), liguei para ele, e pedi que fosse a minha casa para conversarmos.
- Melhor é vocês virem até a igreja para conversamos e orarmos.
- Tudo bem, disse eu.
Como eu tomei a iniciativa, fui para meu lar, preocupada, pois o meu marido poderia não aceitar (Ef.5.22). Estando em casa ao lado dele, com o semblante caído, e voz mansa ele perguntou:
- Você quer ir à igreja comigo?
De imediato respondeu:
- Sim, claro (Sl.122.1).
Surgiram alguns imprevistos para que não fossemos ao Templo do Senhor, mas a mão do Senhor nos conduziu. Muitos pedem para Deus os transformar em uma benção, outros pedem saúde, paz, alegria, entendimento com a família, emprego... porém quando Deus lhes dá a oportunidade para conquistar o que pediram deixam passar. Se eu peço felicidade para o Senhor, o que ele dará: felicidade ou oportunidade de ser feliz? Com toda certeza ele nos concederá oportunidade para sermos felizes, o que não devemos fazer é rejeitar as oportunidades. Fui à igreja e abracei a minha.
Começamos a ouvir os hinos de louvores a Deus. As palavras que eram ditas por alguns que ali usavam o microfone falavam ao nosso coração. Fomos quebrantados! (Is.55.11) A alegria espiritual foi tomando conta de nossas vidas, sem resistir ao toque do Espírito Santo, naquela noite, na maior alegria do mundo nos entregamos ao Senhor Jesus (Sl.37.4.5). Retornamos ao nosso lar confiante e com uma alegria no coração, inexplicável.

A Cirurgia

No dia seguinte estávamos junto à mesa almoçando quando uma amiga veio nos avisar que a Direção do Hospital ligou pra casa dela nos chamando com urgência. Sem perda de tempo corremos até o Hospital. Quando chegamos, a Jéssica já estava pronta para ser transferida para São Paulo, aonde faria a cirurgia que liga o pulmão ao coração (Paliativa). Chegando ao hospital foi direto para a UTI. Quando isso aconteceu, ela tinha apenas nove meses.
Ficamos aguardando, triste, preocupados, mas com a confiança firmada em Deus. Algumas horas depois o doutor saiu e disse-me:
- Tudo ocorreu muito bem!

Felizes glorificamos ao Senhor pela benção concedida. Ela foi para o quarto e ali ficou se recuperando. Dez dias depois a levamos para casa. Agora tínhamos que esperar aproximadamente dois anos para que fosse realizada a segunda cirurgia que iria corrigir a falha que havia no coração. Esse tempo seria o suficiente para que ficasse com o peso ideal e seguro.
Com a ajuda de Deus chegamos ao final dos longos dois anos. Preparamo-nos e fomos ao consultório, chegando lá recebi uma informação nada animadora:
- Esta cirurgia é de auto risco, lamento te dizer, mas ela só tem 5% (cinco por cento) de chances de sobreviver.
Disse ele - Confio em Deus! Na primeira cirurgia ele nos deu vitória, irá nos dar na segunda, a Jéssica esta nas mãos do Senhor (Lc.1.37).
Partimos para os exames, alguns com muita dificuldade, como por exemplo, o de sangue, pois todas as vezes que a enfermeira ia tirá-lo ele coagulava, mas diante de tantas dificuldades o Senhor mais uma vez nos abençoou.

A Dor

Para realização de uma cirurgia marcada com antecedência é necessário cumprir alguns requisitos da medicina. A minha filha dentro dos vinte e quatro meses conseguiu cumprir o seu. Estando ela internada aguardava a cirurgia. Eram sete horas da manhã quando uma enfermeira pediu-me que desse um banho nela, com ela na banheira passei a dar o seu banho que podia ser o último. Depois de alguns minutos um enfermeiro entrou e a envolveu em um lençol, a Jéssica com um olhar, meio que assustada perguntou:

- Mãe, nós vamos embora, a Senhora vai me levar sem roupa?
Naquele momento o meu coração se rompeu, o céu desabou sobre mim, mal sabia ela que corria risco de morrer.
Chorando, no colo da enfermeira ela entrou na sala de cirurgia, do lado de fora eu e meu marido aguardávamos ansiosos, as horas passavam lentamente, aproximadamente ao meio dia ouve uma correria no corredor do hospital, entra e sai da sala de cirurgia, de repente um silêncio muito grande, a porta que dava acesso a sala de cirurgia se fechou, ficamos apavorados. Aproximadamente às duas horas da tarde, o Doutor nos chamou e disse:
- Lamentamos, mas já faz uma hora e meia que o coração da Jéssica parou, vamos congelá-la para tentar recuperá-lo, orem muito!
Com a informação ficamos muito tristes, mas sabíamos que ainda havia uma luz no final do túnel.

O Poder da Oração

No mesmo momento em que éramos avisados do estado clínico da Jéssica, dois irmãos que estavam em Caçapava, sem saber de nada, pararam de trabalhar e intercederam por nós. Eu fiquei ali aguardando e falando com Deus, enquanto o meu marido foi ao toalete do hospital e dobrando os joelhos disse:
- Deus, peço uma resposta de ti, ou o Senhor a leva ou a me dá de volta, pois não agüento mais.
Voltamos à porta da sala de cirurgia, o Doutor veio ao encontro dele e com uma respostas as orações disse:
- Pai, o coração da Jéssica, da sua filha, voltou a bater. Glórias a Deus!
Ele veio ao meu encontro, sorridente e com alegria me contou o milagre, a felicidade tomou conta de nossas vidas, ficamos esperando e depois de alguns minutos eles passaram com ela pelo corredor, consegui ver a minha criança por alguns segundos, feliz chamei o Doutor e disse:

- Agora acabou, terminou Doutor?
Ele responde-me: - Agora vai começar, pois temos que esperar 72 horas para ver se o coração não vai dar alguma rejeição. Voltamos para casa, pois não podíamos ajudar em nada ficando ali. descansamos e no dia seguinte retornamos na esperança de encontrá-la melhor. O Doutor nos encontrou e nos deu um laudo nada animador:
- A Jéssica sofreu várias paradas cardíacas e apresenta forte Hemorragia, estamos fazendo o possível, serão necessários 35 doadores de sangue para repor o que ela perdeu. Inquietos, voltamos para nossa casa, recebemos solidariedade de parentes, amigos, funcionários de uma empresa automobilística e conseguirmos os doadores.

Buscando ajuda na Palavra de Deus
Sabendo do que o Senhor Jesus é capaz, continuamos a pedir (Mt.7.7) ouvimos de irmãos palavras que consolavam, davam ânimo, forças para continuar lutando. No terceiro dia, antes de sair de casa, dobrei os meus joelhos e falei com o Pai:
- Deus, faça com a Jéssica o que o Senhor fez com aquela mulher do fluxo de sangue, deixe que ela te toque (Lc.8.46). Com fé em Deus, retornamos ao hospital, ela ainda estava na UTI. Ficamos ali por algum tempo, na saída o médico nos aguardava:
- A hemorragia parou. Disse ele.
- Graças a Deus! Disse eu.
Naquele momento lembrei- me da oração que fiz ao Senhor Jesus. Mais uma vez retornamos para a nossa casa. Só restávamos orar: por nós, pela Jéssica, pelos médicos, pelas enfermeiras e toda aquela equipe que estavam empenhados em ver a restauração da minha herança.

Mais uma batalha

Quarto dia, mais uma vez estávamos lá aguardando uma palavra do médico, quando ele disse:
- O pulmão da Jéssica está cheio de água, mas não se preocupem porque estamos providenciando uma especialista no caso.
Ficamos aguardando, ao chegar à médica foi direto ao quarto da Jéssica. Imediatamente iniciaram-se as seções de exercícios. Depois de algum tempo uma enfermeira saiu do quarto e nos informou:
- Os médicos estavam muitos preocupados, mas após os exercícios toda a água foi expelida com sucesso, fiquem tranqüilos.

A Vitória

Naquela mesma noite fomos à igreja louvar, glorificar, bendizer e agradecer ao Senhor. A mocidade daquela congregação na unção do Espírito Santo, entoavam um hino de adoração a Deus que dizia: O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã (Sl.30.5)
Este hino falou fortemente em meu coração, eu sentia Deus falar aos meus ouvidos. No dia seguinte, retornamos ao hospital e ao entrar no quarto onde ela estava me aproximei e não mais conseguia conter as lágrimas, com os braços levantados em minha direção, com uma voz meiga e suave chamou-me:
- Mamãe, mamãe.
- Filha, eu te amo!
A abracei e lembrei mais uma vez da fidelidade de Deus para com a sua palavra, em que o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã (Sl.30.5).

O Reconhecimentos

Passaram-se alguns meses e o médico que fez a cirurgia pediu que a levasse ao seu consultório, ao olhar para ela ficou maravilhado e testemunhou:
- Somos instrumentos nas mãos de Deus, o que realmente aconteceu foi um milagre do Senhor!
Cremos nisso e agradecemos ao Senhor Jesus por ter abençoado e que continue abençoando, a equipe de médicos, enfermeiros e todos aqueles que de uma forma direta ou indireta teve participação nesta benção.
Que Deus através do nome do Senhor Jesus Cristo e no Poder do Espírito Santo, continue a liberta, curar, batizar, abençoar, salvar e fazer milagres para alcançar a cada coração.

Não acabou, Fala Jéssica!
Quando eu tinha quinze anos de idade passei pelo Doutor João Manuel que me encaminhou para exames de rotina, só que desta vez cadastrada no instituto do coração (INCOR). A atitude do doutor Manuel facilitou em muito as análises e minha vida. No dia cinco de fevereiro de 2004 tive a minha primeira consulta, quem me examinou foi o Dr. Bustamante e toda a sua equipe. Ao termino um deles disse-me que eu teria que emagrecer porque mais tarde eles iriam me operar novamente para trocar a válvula que foi colocada em meu coração. Veja! Tinha eu que cumprir o inverso da primeira, pois antes precisei engordar, agora precisava perder alguns quilinhos, coisas da vida e do bom andamento da medicina.

Abalados pelo choque saímos dali chorando, mas sabendo que não podíamos perder a confiança, pois Deus realizaria seus propósitos. Voltei várias vezes para consultas e exames, até ouvia dizer que não haveria necessidade de cirurgia, não me incomodei, apenas deixei nas mãos do meu criador. Qual seria a minha reação? No começo a medicina mostrou como eu seria e Deus a transtornou me fazendo perfeita: com quinze anos eu estava cursando o ensino médio em escola pública e ainda tocava violino na orquestra da igreja evangélica assembléia de Deus da vila menino Jesus.
Aguardando o tempo para saber se ia fazer nova cirurgia, em 2006 concluir o ensino médio e fui fazer vestibular para cursar enfermagem em uma faculdade na cidade de Taubaté.
Junto com a minha mãe corríamos para não perder a prova, ao chegarmos à entrada o guarda disse:
- mãe, não corre não se preocupe, Deus tem um propósito com ela aqui dentro, ninguém vai tirar a cadeira que pra ela está reservada.
Que mensagem abençoada! Entrei fiz a prova e ao sair comentei com os meus pais que eu tinha a convicção de que não fui bem.
Dois dias depois saiu o resultado e eu não fazia parte dos aprovados. Até ai sem surpresas, esperarei o próximo ano pensei eu. Porém, um casal de irmãos descobriram através da internet, depois do prazo da primeira chamada, que o meu nome fazia parte da segunda. Já haviam se passado dez dias de prazo, mas para minha surpresa o meu nome ainda estava lá. Então mais que depressa corri até a faculdade e fiz a matrícula, ao sair lembrei o que falou o guarda no dia da prova: ninguém vai tirar a cadeira que pra ela está reservada.
Quando Deus tem propósito, tem mesmo!
Voltando ao hospital fiz cateterismo e tudo correu bem, duas semanas depois levei o resultado e o Doutor disse-me que a cirurgia seria realmente necessária. No dia vinte e sete de setembro de 2009 fiquei internada a espera da realização da cirurgia, isso porque outras pessoas também aguardavam. Fiquei ali por mais de trinta dias, a minha mãe para visitar-me gastava aproximadamente quarenta reais por dia, esse valor era muito pesado, porém Deus providenciava e todos os dias ela estava ali do meu lado.
Chegou a minha vez de ser operada. Deitada em uma maca dentro do centro cirúrgico recebi uma aplicação na veia que me vez dormir e só acordei com o médico me chamando e dizendo:
- Jéssica, pode abrir os olhos a cirurgia foi um sucesso.
Passei alguns dias ali para recuperação, retornando ao meu lar retomei a minha vida.
Hoje tenho vinte dois anos de idade, estou cursando o terceiro ano em enfermagem, continuou tocando violino, faço decorações em tecidos, auxílio os meus pais no salão de beleza e o mais importante, continuou sendo: O MILAGRE

Agradecimentos
Primeiramente eu agradeço ao meu Deus que me ressuscitou, aos meu pais que amo muito, ao Doutor João Manuel, minha irmã, meu cunhado, aos irmão que faz parte da igreja, amigos, colegas que eu sei que oraram por mim, aos meus familiares que ajudaram a minha mãe e eu, enfim a todos que fazem parte da minha vida desde pequena e que me acompanham até agora. Agradeço a todas as enfermeira que cuidaram de mim desde quando nasci até hoje, que Deus continue abençoando cada vida, cada médico que Deus colocou ao meu lado.
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